quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O grandíssimo "CAPITA"... Roberto Rebouças - Classe e raça


 Graças ao bom amigo Fred Do Chame-Chame, fui lembrado que hoje completam-se 21 (vinte e um) anos, do falecimento, do nosso lendário capitão e craque, Roberto Rebouças. Caso vivo estivesse ainda, Roberto teria 77 (setenta e sete) anos completos, pois nasceu no dia 10 de Abril de 1938 na cidade de São Félix-BA.
 Roberto Rebouças, zagueiro de excelente estatura (1,86 m) era capitão e líder do Bahia. Dono de futebol refinado, jogava com classe e categoria, sabendo atuar em diversas posições do meio para a frente. Porém, se era necessário, chegava junto. Com ele, passava a bola ou o jogador adversário. Nunca os dois juntos.
 Roberto vendido ao Palmeiras pelo tricolor, jogou ainda, no Botafogo de Ribeirão Preto e Ponte Preta, no futebol paulista. Voltou ao seu Bahia, no final dos anos 60, início de 1970. Sofreu grave contusão, ficando quase um ano fora dos gramados. Mesmo assim, ainda foi bicampeão baiano em 1970 e 71; pentacampeão baiano em 1973, 74, 75, 76 e 77, quando resolveu parar de jogar, aos 39 anos de idade.
Antes de uma partida contra o Sport, Roberto Rebouças, acompanhado de Douglas e do árbitro cumprimenta o capitão adversário.
"Eu sempre tive uma ligação muito grande com a torcida tricolor, que sentia minha vontade e garra de jogar, e ganhar", afirma Roberto Rebouças Boas lembranças e histórias ele tem muitas para contar. Como a decisão de 1976 contra o rubronegro Vitória: "Eles ganhavam de 1x0. Tinham um pênalti à favor e Romero tinha sido expulso. Eu estava na reserva, entrei e ajudei o time a virar o jogo, partindo para a conquista do título estadual daquele ano". O nosso clube, teve jogadores inesquecíveis, mas Roberto Rebouças estará sempre na memória do Bahia e nos corações dos torcedores tricolores. 
 Conheci Roberto iniciando sua carreira no São Cristovão e depois, transferindo-se ainda muito jovem, jogando nos aspirantes do Vitória. A seguir, já no time principal do mesmo clube.
 Quando José Perrone deixou de ser diretor do já citado clube, a convite de Osório, veio para compor a direção de profissionais do Bahia. Didico, antes titular, estava na reserva de Agnaldo Secco, um centro-avante baixinho, extremamente clássico, forjado nas divisões de base do Santos, com passagem pela Portuguesa Santista e que estava no Náutico quando OSÓRIO o contratou. O Bahia (com AGNALDO) havia sagrado-se pentacampeão baiano, em 1962.
Time do Bahia entre 1963/64, da esq. pra dir. em pé: Henricão, Hélio Clemente, Nadinho, Nilsinho, Roberto Rebouças e Ivan; Agachados: Valença, Miro, Hamilton "Pé de pato", Mário e Biriba.
 Decorria o ano de 1963 e aconselhado por Perrone (conhecia bem Roberto), Osório concretizou a troca de Didico, por Roberto. "Matei" aula de Educação Física, numa tarde chuvosa de uma quarta-feira, para no Campo da Graça, assistir o primeiro treino coletivo de Roberto e lembro-me com muita emoção duma jogada dele, treinando sem camisa (naquele tempo só os titulares vestiam camisas nos coletivos) pelo time de baixo, quando a bola prendeu numa poça d'água e ele aplicou um lindo lençol em Biriba, arrancando aplausos da pequena platéia que debaixo de chuva assistia ao treino. 
 Roberto Rebouças representa a verdadeira e vencedora história do Esporte Clube Bahia! Jamais o esqueceremos. Onde estiver, que esteja em paz!. Valeu demais Fred.  Muito grato, por me fazer recordar.

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