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Mané Garrincha, eterno camisa 7 do Botafogo. (Créditos: Botafogo - Fotos Históricas) |
"Garrincha! Garrincha!
A alegria do povo,
no balé estonteante
do futebol brasileiro." (Carlos Marighella)
No ano de 1975, Tim Maia lançou um de seus mais renomados álbuns. Tratava-se de "Tim Maia Racional", que apresentava músicas de cunho filosófico-religioso. Uma de suas canções, talvez a mais curta do álbum, era intitulada de O Grão Mestre Varonil, dedicada a Manoel Jacintho Coleho, o mestre da cultura racional. Não sabia Tim, que o primeiro verso - "Manoel, o maior homem do mundo..." - de sua letra encaixava-se com outro homem de mesmo nome. Homem esse, batizado de Manuel Santos, mais tarde conhecido dentro dos gramados, e fora dele, como Garrincha.
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Garrincha, "A Alegria do Povo" (Créditos: Botafogo - Fotos Históricas) |
Garrincha era um desses rapazes que ninguém apostaria num futuro brilhante. Conviveu com a paralisia infantil, por isso suas pernas tortas eram mais um revés. Porém, Mané Garrincha fez de seu maior algoz um amante, e desta forma ficaria conhecido e seria relembrado, como: O Anjo das Pernas Tortas.
Ganhou o seu famigerado apelido antes mesmo de ficar famoso nos campos, e foi justamente fora dele. Quem o alcunhou Garrincha foi a sua irmã, em referência com um pássaro. Foi no distrito de Pau Grande, cidade de Magé-RJ que tudo começou, com um time homônimo ao local onde vivia ele deu seus (reconhecidos) primeiros toques na bola. Alguns anos depois, já estava no Botafogo, fazendo de seus adversários dançarinos. E pelo clube alvinegro por mais de uma década permaneceu, conquistou prestígios com sua irreverência. Deslizava sob o gramado junto a pelota e com ela praticava seus dribles lancinantes.
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O sorriso do irreverente Mané pela seleção. (Créditos: Botafogo - Fotos Históricas) |
Assim, foi conquistando a tudo e a todos. Ao estado e ao mundo em menos de uma década. Pelé se lesionou na Copa de 1962 e foi Garrincha ao lado de outros vários botafoguenses que conduziram a Seleção Brasileira ao bicampeonato mundial, com quatro gols marcados por ele. É considerado o maior ponta-direita que o mundo já viu, para muitos, o maior jogador. Não viveu somente de Botafogo e seleção, pois como tinha o mundo a sua frente, vestiu as camisas do Corinthians, Junior Barranquila-COL, Flamengo e Olaria. Por mais que o alcoolismo tenha lhe dado sono eterno, a memória de suas imprescritíveis jogadas permanece na mente, dos alvinegros, dos canarinhos e dos admiradores do futebol. Até mesmo aqueles que não o viram.
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Garrincha e Pelé pela Seleção Brasileira. (Créditos: Botafogo - Fotos Históricas) |
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