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Time do Palmeiras que representou a Seleção Brasileira em 1965. |
No ano de 1965 a Sociedade Esportiva Palmeiras recebeu a tarefa de representar a Seleção Brasileira num amistoso diante do Uruguai, realizado no Mineirão. Cerca de 15 anos antes os uruguaios haviam protagonizado o famoso 'Maracanazo'. Porém, no Dia da Independência, a famosa "Academia" desbancou os adversários pelo placar de 3 a 0.
A CBD indicou o Palmeiras para lhe representar no jogo amigável contra a equipe celeste. O time palestrino era comandado pelo técnico argentino Filpo Núñez. O confronto entre brasileiros e uruguaios também foi um dos primeiros jogos da nova cancha. O Estádio Governador Magalhães Pinto, apelidado de Mineirão, havia sido inaugurado dois dias antes numa partida ente a Seleção Mineira e o River Plate.
O clube paulista foi escolhido para o amistoso por ter sido campeão do Torneio Rio-São Paulo daquele ano. Os alviverdes, ou melhor dizendo, os canarinhos foram a campo com: Valdir de Moraes (Picasso), Djalma Santos, Djalma Dias e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Valdemar (Procópio); Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera), Ademir da Guia e Rinaldo (Dario).
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O gol de Tupãzinho foi o segundo da partida. (Créditos: globoesporte.com) |
Ademir da Guia, aos 23 anos e ainda sem a alcunha de "divino" foi o armador da seleção na partida. E ele relembra: "Foi uma festa quando soubemos que íamos jogar com a camisa amarela do Brasil, mas nunca imaginei que seria tão importante assim, que seria lembrado até hoje".
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Ademir da Guia momentos antes da bola rolar. (Créditos: Agência CH) |
Por sua vez, os uruguaios ingressaram ao campo de jogo com: Taibo (Fogni), Cincunegui (Brito), Manciera e Caetano; Nuñes (Lorda) e Varela; Franco, Silva (Vingile), Salva, Dorksas e Espárrago (Morales). O técnico foi Juan López.
Sob a arbitragem do brasileiro Eunápio de Queiroz, o Palmeiras goleou os uruguaios por 3 a 0 para cerca de 80 mil espectadores. O primeiro gol veio aos 27 minutos com Rinaldo cobrando pênalti. Já aos 35' Tupãzinho ampliou o resultado para 2 a 0. A concretização do placar só viria na segunda etapa, quando aos 28' Germano balançou as redes pela terceira vez. Ao final do confronto, a Academia finalizou a invencibilidade da Seleção Uruguai - recém-classificada para a Copa do Mundo de 1996 - e aumentou para doze, o número de partidas sem uma derrota.
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Jornal Folha de S. Paulo anuncia a goleada. |
Por sua vez, o argentino Filpo Nuñez, ganhou um disfarçado Clássico do Rio da Prata e ficou marcado como o único treinador estrangeiro a dirigir a Seleção Brasileira.
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Filpo Núñez em maio de 1986 recordando o jogo em que dirigiu a Seleção Brasileira. (Créditos: Tardes de Pacaembu e Revista Placar) |
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